Robyn Rihanna Fenty começou 2012 com o primeiro longo mês de férias em seis anos. Embora ela tenha sonhado com isso durante todo o ano de 2011 – no qual a maior parte ela passou em turnê mundial de seu álbum LOUD – quando as férias finalmente chegaram, ela descobriu que não conseguia relaxar. Ela cozinhou bastante (uma atividade que ela ama, ela diz, porque “é um momento para estar sozinha, onde você tem outra coisa para se focar além de seus pensamentos”) e assistiu programas de TV com “qualquer coisa com housewife ou wife no título”. Ela e um grupo de amigos fugiram para o Havaí, de onde ela enviou, via Twitter, fotos de si mesmo posando de biquíni numa esteira e cavalgando em uma prancha de surf. Ainda assim, ela diz: “Eu me senti horrível. Eu continuava pensando, e isso me levava à loucura. Eu me sentia como se algo estivesse deixando de ser feito, como se eu fosse responsável. Eu sabia que esse seria um grande ano, e eu me sentia como se não tivesse fazendo nada a respeito. Eu estava muito ansiosa, estava enlouquecendo”. Como o mundo descobriu mais tarde, ela também estava formulando a maior e mais provocativa jogada de sua carreira. Com certeza ela não conseguiria dormir.
No dia 20 de Fevereiro, o dia em que Rihanna completou 24 anos, ela e seu ex-namorado Chris Brown lançaram simultaneamente dois remixes. A música dance Turn Up The Music, com a participação de Rihanna cantando “Aumente a música/pois me sinto um pouco para baixo”; e sua versão extendida de Birthday Cake, uma música super sugestiva de seu último álbum, incluindo Brown cantando sem sutileza “Garota, eu quero transar com você agora/Já faz muito tempo, eu sinto falta de seu corpo”. Isso teria provocado uma pequena dose de interesse – poderia até mesmo ser encantador – se o caso do par fosse águas passadas, mas com certeza não é: Brown ainda está servindo cinco anos de serviço comunitário por agredir Rihanna na véspera do Grammy em 2009, um grande incidente que não acabou apenas com seu relacionamento, mas posteriormente, construiu uma longa sombra na carreira de ambos. Naturalmente, a reunião – estritamente musical, ou não – fez várias pessoas se sentirem desconfortáveis e levantou questões sobre qual tipo de exemplo ela estaria dando para as vítimas de violência doméstica, bem como nós, como espectadores, podemos imaginar que sabemos dos relacionamentos das celebridades. Talvez, fazendo uma música com Brown foi o jeito de Rihanna audaciosamente erradicar qualquer pena ou vulnerabilidade remanescentes; talvez ela alcançou um nível de fama onde o criticismo – e questões muito reais para seu bem-estar – não a afeta mais. Independente de qualquer coisa, ela não pediu desculpas ou deu explicações, com exceção de alguns tweets. “Nenhuma dor é para sempre”, ela esceveu. “Música cura o mundo” (Embora ela e Brown terem provado que isso também pode ser muito divisivo).
Quando Rihanna me encontrou para um jantar no restaurante Giorgio Baldi, em Santa Monica duas semanas antes de a bomba explodir, ela não deu nenhum indício que ela tinha algo na manga. Ela estava amigável, aparentemente sem seguranças, e trouxe com ela quatro de suas amigas próximas: a cabelereira Ursula Stepehn, quem costuma fazer suas constantes mudanças capilares; a diretora de vídeos Melina Matsoukas, quem está por trás do videoclipe épico de We Found Love; sua assistente Jen Rosales; e Melissa Forde, quem está sempre ao lado de Rihanna desde que se conheceram na escola em Barbados. A gangue janta aqui com frequência, não apenas porque, como Rihanna diz, o espaguete é um “pecado no prato”, mas porque é escuro e barulhento e todos estão ocupados demais com seus pratos para se importarem, mesmo quando uma superstar entra no local vestindo um macacão jeans com o zíper aberto até seu umbigo.
Enquanto andamos até uma mesa no canto, a bela de Barbados anda como um prêmio: queixo para cima, ombros para trás, e com um lento e sugestivo balanço em seus quadris. “Eu tento me divertir independente de onde eu vá, mas eu sempre sou assediada”, Rihanna diz. “Eu sempre sinto como se eu fosse uma estrela. E eu odeio me sentir assim. É como se fosse uma experiência além do corpo, eu me olho no espelho e posso ver todas as expressões faciais. Tudo tem que ser calculado, porque eusinto como se todos estivessem me observando. Eu quero aproveitar minha vida e não ficar pensando sobre isso.”
Esta também é a razão, ela explica, porque ela está se tornando uma viciada em boates recentemente: Depois do jantar, ela vai para a Greystone Manor, uma boate em West Hollywood. “Eu amo ir a boates, porque esse é o único lugar que ninguém fica me controlando”, ela diz. “Todos estão lá fazendo a mesma coisa que você – dançando, ouvindo música e tomando alguns drinks. Eles estão loucos demais pra se importar”.
Rihanna é famosa desde seus 17 anos de idade. No começo, ela era a menina caribenha com uma voz tão forte que Jay-Z e L.A. Reid a contrataram na Def Jam na primeira vez que a ouviram cantar. Em seguida, a garota com o corte de cabelo assimétrico que tornou impossível até mesmo pensar em um guarda-chuva sem adicionar o sufixo musical “ella, ella, ella”. Desde então, ela passou por seis álbuns cada vez mais aventureiros no período de seis anos, de seu álbum de estreia em 2005 com influências de reggae, Music of The Sun, até seu urgentemente dançante e mais recente Talk That Talk, deixou tantos sucessos pelo caminho que ela é a terceira artista feminina em números da Billboard, apenas Mariah Carey e Madonna estão em sua frente. Atualmente ela é a artista que mais vendeu digitalmente em todos os tempos, com quase 50 milhões de downloads (um feito que fez com que sua gravadora lhe presenteasse com um Jeep Wrangler, ignorando o fato de que ela não tem carteira de motorista); a mulher mais popular do Facebook (com mais de 50 milhões de “curtidas”); e – com um impressionante número de 2 bilhões de visualizações – a artista feminina mais assistida no Youtube. Uma vez que você se torna famosa a este ponto, a invisibilidade não é uma opção. E se você também tem um hábito de ser rápida no gatilho no Twitter? Esqueça.
Se alguma coisa boa veio de sua horrível experiência com seu ex-namorado três anos atrás, ela diz, que foi a oportunidade e decisão de se expressar mais abertamente. “Isso me deu armas”, ela diz. (Literalmente e figurativamente: junto de suas continuamente crescentes tatuagens – atualmente, 16 – está uma pistola em sua costela que foi feita meses depois do incidente). “Eu pensei tipo, dane-se. Eles sabem mais do que eu quero que eles saibam sobre mim. Era constrangedor, mas aquilo foi minha abertura. Aquilo foi minha liberação, meu momento de trazer tudo à tona. Eu queria que as pessoas soubessem quem eu sou. Independente de levar para o lado bom ou ruim, quero que eles saibam a verdade. Ainda existem muitos rumores por aí, e eu nunca poderei pará-los. Mas você apenas tem que ignorar todas essas coisas. Quanto mais as pessoas sabem sobre mim, mais liberdade eu tenho. É como se tivesse um esqueleto a menos no armário, uma responsabilidade a menos, um segredo a menos; agora que você sabe, você pode dizer o que quiser a respeito. Eu não tenho nada a esconder.”
Eu pedi para que ela esclarecer: Ela está fazendo alusão aos tweets recentes fazendo referências ao fato de fumar maconha despreocupadamente? Ao fato de ter adquirido uma reputação negligente e agitada? Ou apenas que agora ela pode beber tranquilamente e falar sobre sexo em entrevistas? “Existem vários níveis”, ela diz. “Até mesmo o jeito que eu respondo a algumas coisas. Eu não sei por que eu tinha medo de deixar as pessoas saberem quem eu sou. Uma vez que eu refleti sobre isso, eu pensei: Quer saber? Você é básico.”
Ela acena para um tímido garçom e faz seu pedido: uma garrafa de vinho, lulas e camarões fritos, seguidos por pequenas porções de nhoque e espaguete para nós duas. “Se prepare, garota”, ela diz. “Você vai ficar cheia.”
Pergunte para as pessoas próximas de Rihanna quais são suas peculiaridades e você ouvirá vários elogios sobre sua delicadeza e bondade. “Ela tem um jeito sobre si mesma que é bastante confortante,” diz L.A. Reid. “Ela é opinativa e honesta, ainda assim é sensível. Quando eu estive bem ou mal, ela sempre estava ao meu lado.” Katy Perry relembra quando a conheceu em um ensaio pouco antes da infeliz noite do Grammy de 2009. “Ela estava com uma bolsa Valentino que tinha brilhantes cravejados,” ela diz, e quando Katy elogiou a bolsa, Rihanna ofereceu-se para lhe enviar uma. “Eu pensei, ótimo, é só um truque de se fingir de amiga mas nunca cumprir. E quando chegou o Dia dos Namorados, eu recebi uma bolsa Valentino dela. Eu pensei, Nossa, essa é uma mulher de palavra.”
Quando eu conto isto para Rihanna, ela bate palmas e ri. “Katy!” ela grita, seu sotaque caribenho repentinamente fica mais forte. “Ela lembrou disso? Isso é incrível! Vou te falar, você não encontra pessoas como ela na indústria. Ela é linda, encantadora, e tão única que chega a ser assustador. Isso que me deixou mais intrigada quando eu a conheci. Ela fala o que ela vê. Eu confio em pessoas assim. Eu me sinto protegida perto de pessoas que me dizem quando faço algo de errado, porque eu sei que eles sempre me dirão a verdade.” Isso lhe dá uma ideia. Ela solta o copo e pergunta para suas amigas, que estão em uma mesa perto de nós. “Hey, vadias! Eu tenho uma pergunta para vocês! O que vocês acham que é minha melhor qualidade?”
“Você é muito cuidadosa,” Melissa diz instantaneamente. “Você sabe quando alguém precisa de um abraço.”
“Own,” Rihanna murmura.
Ursula olha para ela. “Você tem uma alma velha, de um lado. Se eu estou tendo algum problema, você vai dizer algo muito inteligente e surpreendente. Tipo, como você sabe disso? Você só tem 24 anos! Mas você está certa.”
“Você é muito confiante,” diz Melina Matsoukas. “Você tenta achar o lado bom em todos. Até em pessoas que não fazem o menor sentido.”
Rihanna dá risada.
“Mas é verdade,” Matsoukas completa. “E por causa disso, você vai tentar de tudo.”
“Sim,” Rihanna diz pensativa. “Eu acho que minha melhor qualidade é ser ousada e espontânea. Arriscada. Destemida.“ Ela olha de volta para suas amigas, que concordam.
“Você é muito cuidadosa,” Melissa diz instantaneamente. “Você sabe quando alguém precisa de um abraço.”
“Own,” Rihanna murmura.
Ursula olha para ela. “Você tem uma alma velha, de um lado. Se eu estou tendo algum problema, você vai dizer algo muito inteligente e surpreendente. Tipo, como você sabe disso? Você só tem 24 anos! Mas você está certa.”
“Você é muito confiante,” diz Melina Matsoukas. “Você tenta achar o lado bom em todos. Até em pessoas que não fazem o menor sentido.”
Rihanna dá risada.
“Mas é verdade,” Matsoukas completa. “E por causa disso, você vai tentar de tudo.”
“Sim,” Rihanna diz pensativa. “Eu acho que minha melhor qualidade é ser ousada e espontânea. Arriscada. Destemida.“ Ela olha de volta para suas amigas, que concordam.
Rihanna responde instintivamente a tudo que percebe ser uma restrição ou um obstáculo, para assim jogar tudo para longe. “Ela não observa certas barreiras”, diz Melina (que também dirigiu o clipe de S&M, banido em vários países). “Quando alguém vem falar que nós estamos levando as coisas longe demais ou que nós estamos arriscando muito, ela diz: ‘Não vamos ouvir isso.’ Ela não se importa com o que os outros dizem.”
Rihanna diz que não é que ela goste de provocar as pessoas (“Na verdade, eu odeio isso”), é que ela se recusa a conformar-se com como as outras pessoas pensam que ela deve se comportar – ou, no caso, se vestir. “Tudo que eu faço, eu faço porque eu quero. Às vezes eu vestirei algo e vou ouvir muita coisa sobre isso amanhã, mas se eu quero usar, eu usarei. Se eu me visto de uma maneira sexy, então eu sou uma vadia; se eu me visto sofisticadamente, então eu sou uma vovó. No final das contas, eu apenas visto o que eu quero.”
Em 2009, Rihanna canalizou a dor e raiva que sentia após o acontecido com Brown no obscuro e emocionalmente cru, Rated R. “Eu não queria ser desonesta,” ela diz, balançando a cabeça. “Eu estava passando pela situação mais difícil da minha vida. Eu estava nervosa, triste, confusa, despedaçada. Eu ainda estava apaixonada. E eu precisava falar sobre isso. Essa era a única maneira em que eu poderia obter paz, pois aquilo estava na minha cabeça e eu não poderia deixar isso lá.” Para esse álbum, ela se retratou como uma garota resistente, uma imagem que ela continua brincando desde então, emergindo-se como uma artista que reconhece sua sexualidade e sabe como manejá-la, cantando sobre suas preferências na cama mais abertamente, e sensualmente do que qualquer outra cantora. Não tem muitas músicas no Talk That Talk que não te deixaria envergonhado de ouvir junto de sua mãe. “Você sabe o que eu gosto, agora faça certo,” ela canta com Jay-Z na faixa-título; “Deixe-me segurar meus peitos enquanto você senta em cima/ Você está aí enquanto todo o mundo está assistindo” em Red Lipstick. Não é de se admirar que o VH1 nomeou oTalk That Talk “o álbum de pop mais sujo desde Erotica de Madoona.”
“Meus álbuns são sempre verdadeiros de acordo com aonde minha mente está no momento,” ela diz. “Eu acho que eu estava tendo vários pensamentos safados, porque não estava tendo nenhuma ação. E isso saiu na música.”
Expressar esse desejo faz ela sentir-se mais poderosa? “Para mim, sexo é poder,” ela responde com naturalidade. “É fortalecedor quando você faz porque está com vontade. As pessoas pensam demais em agradar os outros e esquecem deles mesmos.”
Apesar do apelo sexual, as músicas mais afetivas do Talk That Talk são sem dúvidas aquelas que expressam um forte desejo de amor. A dançante We Found Love não se tornou um hit em vários países apenas por causa das batidas fortes e cativantes (e o clipe dirigido por Matsoukas, que faz alusão ao uso de drogas e tem a participação de um modelo parecido com Chris Brown), mas pela entrega de Rihanna ao acabar um romance que não vai a lugar nenhum: “É como me sinto, eu não posso negar / Mas tenho que deixar ir.” Até mesmo na super atrevida Roc Me Out, Rihanna admite, “Eu vou te contar um segredinho / Eu só quero ser amada.”
E aqui está a coisa que faz Rihanna parecer ainda mais escandalosa: sempre existe uma pessoa sensível por baixo da imagem durona. Muitas vezes são as pessoas mais sensíveis que encaram as coisas de frente, e Rihanna é uma dessas. Ela tem um mecanismo de auto proteção, ela diz, são as raízes de sua infância: Embora ela tenha uma ótima educação, seu pai batalhou contra o vício de álcool e drogas, e seus pais se divorciaram quando ela tinha 14 anos. “As crianças descobrem quem realmente são entre 0 e 5 anos,” ela diz. “E isso é algo que vai por toda sua vida.”
O rigor de Rihanna foi um trunfo e um obstáculo quando o assunto é sua estreia no cinema no filme Battleship. O diretor Peter Berg escalou Rihanna para o papel de Raikes, uma persistente especialista em armas no navio da Marinha, depois de assistir sua entrevista com Diane Sawyer em 2009, onde discutiu os detalhes do caso com Chris Brown. “Eu lembro que fiquei muito impressionado por quanto preparada e articulada ela era,” ele diz. “Eu obviamente a conhecia por sua música, mas aquela entrevista me fez sentir que tinha muito mais nela do que as pessoas conheciam.”
Uma vez que estava escalada para o filme, Peter diz, “Ela foi 100% focada e comprometida. Ela passou várias semanas no meio do oceano em um bote em que você teria que ficar horas sem ir no banheiro, e essa garota nunca reclamou.”
Para Rihanna, “a parte mais difícil foi ter que brincar com suas emoções,” ela diz. “Eu não percebia o quão desligada eu era com isso, o quanto eu as escondia e ignorava. É subconsciente, mas é algo que eu faço desde que sou criança.” Ela trabalhou com uma técnica de atuação que teve uma infância similar com a dela e quem conseguia provocar fortes reações: “Ela dizia algumas coisas para mim e me deixava muito brava ou triste que eu quase chorava, assim eu já estava pronta para a próxima cena.”
Quando eu digo a ela que eu passei no escritório do Peter Berg para assistir algumas cenas de Battleship – no qual, só para constar, Rihanna foi muito bem – ela coloca as mãos na mesa e grita. “Você não fez isso! Eu estou tão nervosa e ansiosa. Eu provavelmente vou chorar quando eu assistir pela primeira vez.”
Rihanna tem outro filme em mente (por enquanto, um segredo) e está aumentando sua afinidade com a moda por meio de sua atual colaboração com a Armani – o macacão que ela está usando esta noite é de sua linha com a marca, e ela co-criou junto com o designer o memorável vestido preto que vestiu no Grammy deste ano. Além do mais, ela está mergulhando no mundo da televisão, como produtora executiva de um reality show de moda no Reino Unido. Ela já “está traçando” seu próximo álbum e já começou a contemplar um plano para seu futuro distante. “Eu quero começar a fazer clipes para outros artistas, ou começar uma empresa onde as gravadoras me dê novos artistas que precisam de uma nova imagem,” ela diz. “Eu acho que estou planejando para quando eu quiser uma família. Desse jeito eu não tenho que ficar saindo em turnê – Eu ainda posso fazer minhas coisas em casa.”
Sobre crianças, ela diz, “são tudo.” Quando eu pergunto se ela quer ter filhos antes de uma certa idade, ela balança a cabeça. “Não. Pode ser amanhã. Pode ser daqui 20 anos. Eu acho que quando estiver na hora, Deus vai me mandar um anjinho.” Ela me olha. “Mas primeiro, com certeza, eu tenho que achar um homem.” Ela começa a rir. “Quer dizer, tem um pedaço muito importante faltando!”
Eu digo a ela que imagino ser muito difícil conhecer alguém novo, alguém que consiga separar a pop star do ser humano. “Eu acho que é difícil para todos!” ela diz. “Eu acho que não tem a ver com ser famosa. As coisas estão muito escassas.”. Ela pára e olha fixamente para a vela na mesa. “Não sei, acho que sou desafiadora, porque parece que meu trabalho afeta todos relacionamentos que eu tenho ou tento ter. Até mesmo com as pessoas que eu pensava que conseguiriam entender, sabe? Parece que é um fator importante; é sempre um problema. Mas só preciso encontrar a pessoa que saiba me equilibrar, porque coisas como minha agenda não são importantes. Eu já lidei com isso antes, então sei que posso novamente.”. O que nos trás de volta para Chris Brown.
Embora cada vez esteja mais claro que Rihanna e Brown tem se comunicado, aqueles remixes causaram uma onda de revolta. A Billboard publicou uma “Carta aberta para Rihanna”, alertando-a, “é oficialmente a entendido que… Um sinal de perdão foi recebido por Brown. E isso não é legal.” A revista Spin chamou a colaboração de “final de carreira.” Foi debatido por psiquiatras na NPR e ABC, e fãs usaram o Twitter e fóruns para deixar suas opiniões. Muitos deles chocados, alguns apoiando, todos confusos. Rihanna nunca disse que queria ser um modelo de conduta, mas, uma vez que você atinge a massa crítica, você gostando ou não disso, um manto de responsabilidade vem junto com seu trabalho. Uma coisa foi ela perdoar Brown, outra é ela esperar que todos façam o mesmo.
“Eu respeito o que as outras pessoas tem a dizer,” ela me diz durante o jantar. “O ponto é que todo mundo pensa diferente. E para mim é muito difícil aceitar isso, mas eu entendo. As pessoas perdem tempo lendo blogs e falando, mas está tudo bem. Eu não as odeio por isso. Porque amanhã eu ainda serei a mesma pessoa. Eu continuarei fazendo o que eu tenho vontade.”
Durante suas férias no Havaí, Rihanna mergulhou com tubarões. “Você não tem ideia do medo!”, ela diz com um sorriso. “Eu estava muito animada, mas quando estávamos prestes a entrar na água, eu enlouqueci por um tempo. Cheguei a ficar com dúvida, mas eu sabia que eu tinha que fazê-lo. Então eu disse ‘dane-se’ e pulei. Acabou sendo uma das experiências mais libertadoras da minha vida.”
Ela inclina-se e me olhou nos olhos. “Deixa eu te perguntar uma coisa,” ela diz. “Quando você sabe que você está gostando de um cara ou está apaixonada – como é que você se sente quando vê essa pessoa? É o mesmo sentimento em uma montanha-russa? Essa é a mesma forma que você se sente mergulhando com tubarões. É o mesmo sentimento que você sente fazendo qualquer coisa ousada, arriscada, espontânea ou imprevisível. Acho que sentir essas borboletas no estômago é a coisa mais próxima de estar apaixonado.” Ela acaba com sua taça de vinho. “E quando você está segura, você não sente nada.”
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